Zé Povinho - Caixa Toma, 1904 - Faiança
Rafael Bordalo Pinheiro (Lisboa 1846-1905), foi desenhador, aguarelista, ilustrador, precursor do cartaz artístico em Portugal, decorador, caricaturista político e social, jornalista, ceramista e professor.
auto caricatura
Pontos nos ii, 1885
Começou a fazer teatro, depois teve aulas de desenho e andou na Academia de Belas-Artes, porém não chegou a concluir o curso. Logo cedo, demonstrou grande interesse e aptidão para um gênero então considerado menor: a caricatura.
Ele começou a fazer caricatura por brincadeira, e partir do êxito alcançado em "O Dente da Baronesa", em 1870, (folha de propaganda para uma comédia), que Bordalo entrou definitivamente para o cenário do humor gráfico.
Zé Povinho
Álbum das Glórias, 1880
Colaborou com várias publicações espanholas, inglesas e francesas. Com a criação do jornal "A Lanterna Mágica" quebrou a monotonia portuguesa e, a partir daí, lançou vários almanaques, álbuns de caricaturas, jornais e folhas humorísticas, com destaque para "Antonio Maria", "Pontos nos ii" e “Álbum das Glórias”.
O seu nome está intimamente ligado à caricatura portuguesa, à qual deu um grande impulso, imprimindo-lhe um estilo próprio que a levou a uma visibilidade nunca antes atingida.
Mesa Posta, 1897 - faiança
Em 1884, paralelamente à sua atividade como caricaturista e ilustrador, passou a dedicar-se à cerâmica que, nas suas mãos, rapidamente, adquiriram um cunho original. Jarras, vasos, bilhas, jarrões, pratos e outras peças demonstram um labor tão frenético e criativo quanto barroco e decorativista, características, aliás, também presentes nos seus trabalhos gráficos.
A criação da "Fábrica de Faianças das Caldas de Rainha" sob a direção artística de Bordalo e a sua instalação na vila, em 1884, contribuiu decisivamente para a revitalização da ancestral cerâmica local, quer pela revolução das formas, quer pela gramática decorativa de raiz naturalista e tantas vezes de uma exuberância a desafiar a realidade. Ele fez das Caldas da Raínha um centro da cerâmica reconhecido internacionalmente.
Vaso para jardim em
forma de cesto de vime
faiança - s/d
Foram praticamente 20 anos de uma atividade constante, ao longo dos quais percorreu diversas modalidades de expressão, processos técnicos, formas de execução, conceitos formais e recursos tecnológicos próprios do barro.
Rafael Bordalo Pinheiro foi um ceramista e não só um artista plástico que também se interessou pelo barro. Aliás, nunca é demais mais sublinhar, o estatuto de ceramista foi, com a obra de Rafael, elevado a um plano nunca antes atingido em Portugal.
Chavena com auto caricatura, 1882 - Faiança
Chavena com auto caricatura, 1882 - Faiança
Figura de Movimento
Faiança
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