Não se sabe ao certo quando o material argiloso foi utilizado pela primeira vez, embora desde o domínio do fogo o homem tenha deixado vestígios de utensílios de cerâmica. A descoberta do fogo foi a grande aliada da cerâmica concedendo- lhe a dureza necessária para sua durabilidade, sendo uma dos mais antigas técnicas de manufatura criada pelo homem, e uma atividade que se mantém inalterada até hoje.
A argila modelada pelas mãos do homem, passa por uma transformação através da queima, onde o fogo está presente de maneira soberana. É o resultado do homem e do fogo, atuando sobre a matéria, com determinação e energia. Uma interação da criatividade com as forças da natureza, onde se reúnem os quatro elementos: Terra, Água, Fogo e Ar.
O barro é Terra mas precisa da Água para se tornar maleável e capaz de ser trabalhado, ao sabor da intuição do artista. E é o Ar que seca a peça, que a prepara para o Fogo, o calor que vai transformar e fortalecer, a queima que endurece e dá resistência. É um processo lento, mas apaixonante, para quem se dedica a esta arte.
A milenar arte cerâmica atravessa séculos e séculos da história da civilização e resiste a muitos modismos, sendo cultuada hoje como uma expressiva forma de arte plástica. Apesar desse tempo todo, há muitas semelhanças entre os processos empregados pelo primeiros artesãos de que se tem notícia e os ceramistas contemporâneos.
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