18 de maio de 2013

Texto de Ana Jácomo - Amor, o oleiro





AMOR, O OLEIRO

Como o barro é para o oleiro, assim nós somos para o amor. Ele nos modela a todo instante para que a idéia se transforme na obra que potencialmente somos. Trabalha em silêncio, enquanto giramos no torno da vida. As circunstâncias que experimentamos não são outra coisa senão os movimentos das mãos do amor em nós. Incluindo. Retirando excessos. Burilando. Levando-nos a fornos de temperaturas altíssimas. Esmaltando-nos, com cuidado artístico. Devolvendo-nos a fornos ainda mais quentes para podermos cintilar depois. Para nos tornarmos os belos recipientes capazes de contê-lo e fazê-lo expandir. (Ana Jácomo)


Postagem reeditada.

Um comentário:

mfc disse...

A delicadeza das duas artes, a olaria e a escrita, reunidas de uma forma linda!