A obra de arte é uma complexa composição de forma e matéria. A maneira mais simples de ver isto é no clássico exemplo do oleiro, que imprime a forma do vaso na argila.
Roberto Mallet
O "Oleiro" confecciona, num torno, artigos de cerâmica, moldando à mão a massa de barro a partir de desenhos, moldes, especificações e técnicas pré-definidas ou da sua criatividade.
A profissão do oleiro é uma das mais antigas que se tem notícia e até hoje pouca coisa mudou no cotidiano desse tipo de artista. A matéria-prima continua sendo a mesma e o torno, usado para conseguir a forma oca de potes e panelas, é, provavelmente, o instrumento de trabalho mais antigo que existe.
"Sabemos que na Antiguidade, na cidade de Susa, região do Oriente Médio, cerca de 4500 anos a.C. já se usava o torno", segundo o professor de História da Arte Percival Tirapeli. "Depois de Susa, o torno passou a ser usado também na Mesopotâmia, atual Iraque; Egito - onde havia até um deus protetor dos oleiros -; Grécia; Etruria, atual Itália; e finalmente chegou às margens do Rio Danúbio, no norte da Europa."
Apesar dos 4500 anos que se passaram do primeiro torno que há notícia, pouca coisa mudou também na rotina de transformar o barro em moradia, arte ou utensílio. A labuta de um oleiro continua sendo essencialmente amassar o barro, confeccionar suas peças e depois negociá-las.
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